Corte decidiu, por 9 votos a 2, que não há violação à Constituição na proibição de realização de missas e cultos presenciais
Após o Supremo Tribunal Federal (STF) dar aval para prefeitos e governadores proibirem cultos e missas na pandemia, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a abertura de igrejas e templos, mesmo com o país tendo registrado mais de 4 mil mortes nesta quinta-feira (8).
– Tem que dar a chance do ser humano se recompor, se confortar, pegar uma palavra de apoio – argumentou o presidente em entrevista à CNN.
No julgamento desta quinta, o Supremo decidiu, por 9 votos a 2, manter o entendimento de Gilmar Mendes de que não há violação à Constituição na proibição de realização de missas e cultos presenciais, já que a medida drástica, tomada por governadores e prefeitos, pretende preservar vidas diante do agravamento da pandemia.
Em sua fala à CNN, Bolsonaro citou o artigo 5º da Constituição, que trata sobre liberdade religiosa, para criticar a decisão da Corte.
– [O artigo] está lá pertencendo a um capítulo das cláusulas pétreas. Não pode ser modificado nada ali. Nada, zero. Respeito completamente a nossa Constituição. Não tem um pingo fora das quatro linhas da mesa. Seria bom se todo mundo jogasse dentro das quatro linhas .
Estudos científicos no exterior já indicaram riscos de proliferação do novo coronavírus com a realização de missas e cultos presenciais. De acordo com cientistas, esses eventos reúnem fatores que propiciam a transmissão da Covid-19, como reunir grande quantidade de pessoas em espaços fechados ou promover atividades que aumentam a chance de espalhamento do vírus, em que os frequentadores falam alto e cantam.
O presidente justificou a necessidade de abertura das igrejas e templos a um suposto aumento nos casos de suicídio.
– Quase diariamente eu vejo no WhatsApp suicídio. Coisa que não existia com essa frequência. Geralmente, o cara quando está em uma situação depressiva procura a Deus. E ele procura onde? Na Igreja. No tempo. E o templo está fechado – afirmou.
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