Procuradores farão força-tarefa para analisar acordos dos últimos anos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) planeja fazer um “pente-fino” nos acordos de delações premiadas realizados pelo Ministério Público Federal nos últimos anos. O órgão pretende buscar eventuais ilegalidades cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro. As delações ainda em andamento também serão analisadas. A informação é da CNN Brasil.
Segundo interlocutores ouvidos pela CNN, o grupo de procuradores designados pelo PGR Augusto Aras irá atender a um procedimento solicitado pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas.
A suspeita é de que Moro tenha participado de acordos de delação premiada com empresas que foram alvos da Operação Lava Jato e, em seguida, contratado pelas mesmas empresas, dando consultoria jurídica sobre como os investigados poderiam ser reerguer financeiramente. Moro nega o suposto conluio.
Segundo a CNN Brasil, a PGR ainda não recebeu o despacho do ministro Dantas, mas a estratégia para a análise dos casos já foi traçada. Também não é descartado que Aras atenda a Dantas e determine o bloqueio de bens de Moro.
Em nota, a assessoria de Moro rechaçou qualquer ilegalidade e afirmou que a investigação do TCU “já deveria estar arquivada”.
LEIA A NOTA DA ASSESSORIA DE SERGIO MORO
A investigação do TCU, de acordo com órgãos internos, como a Seinfra, já deveria estar arquivada, tendo em vista a ausência de qualquer ilegalidade na prestação de serviço de um cidadão para uma empresa privada. Sergio Moro já reafirmou a licitude de todos os seus atos e a não prestação de serviços para empresas investigadas na Lava Jato; tudo devidamente comprovado por meio de contrato e notas fiscais.
A apuração pelo TCU possui vícios processuais graves, devendo ser enfrentados em tempo e modo adequados. Até lá, Sergio Moro segue à disposição para esclarecimentos de quaisquer fatos, apesar dos indícios de utilização das estruturas de Estado para politização de temas afetos aos órgãos de controle.
Saiba mais em Pleno.News! (Fonte)