Nova gestora do banco estatal é uma espécie de “braço direito” do ministro Paulo Guedes
Nomeada para assumir o comando da Caixa Econômica Federal no lugar de Pedro Guimarães – que perdeu o posto por causa de denúncias de assédio sexual -, Daniella Marques é uma espécie de “braço direito” do ministro da Economia, Paulo Guedes, desde os tempos em que Guedes atuava na iniciativa privada.
Ela estava no comando da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do ministério desde o começo do ano. Na função, vinha liderando projetos voltados para o público feminino.
Formada em Administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e com MBA em Finanças pelo Ibmec/RJ, a nova presidente do banco estatal atuou antes por 20 anos no mercado financeiro. Ela foi sócia de Guedes na Bozano Investimentos, no Rio de Janeiro, e deixou a gestora em 2019 para trabalhar com o ministro como assessora especial.
Presente desde a campanha de 2018, Daniella tem a confiança do presidente Bolsonaro, e já chegou a participar das tradicionais lives de quinta-feira organizadas pelo chefe do Executivo – justamente para divulgar ações do Ministério da Economia voltadas às mulheres.
Daniella foi responsável por costurar o programa Brasil Pra Elas, uma política de crédito voltada para estimular o empreendedorismo feminino no país. A medida, que faz parte de um pacote que pretende movimentar entre R$ 82 bilhões e R$ 100 bilhões em operações de crédito, foi lançada em março passado, no último Dia Internacional das Mulheres.
Pouco depois, ela passou a comandar o comitê nacional do programa, que tem como parceiros o Sebrae, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio (CNC), o Banco do Brasil e governos estaduais e municipais, além da própria Caixa.
No último fim de semana, Daniella tinha, por exemplo, viagem marcada a Belo Horizonte com a Caravana Brasil Pra Elas, em que se promoveram cursos de capacitação e palestras para “alavancar a participação feminina nos negócios”, de acordo com informações divulgadas no site do Ministério da Economia.
Em abril, em um encontro com empresários, ela acompanhou o tom das falas do ministro da Economia ao minimizar as projeções do mercado para a economia em 2022, como estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) no ano e risco de descontrole da agenda fiscal.
Segundo afirmou à época, os resultados de novos leilões e a trajetória de recuperação dos empregos formais são os pontos que sustentam o otimismo do governo. Daniella cutucou ainda governos estaduais e locais ao dizer que “bondades” como aumentos de salário para o funcionalismo só foram possíveis graças ao governo federal.
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