Valor foi impulsionado com a outorga da Eletrobras, que rendeu R$ 67 bilhões
Anunciadas como um dos principais pontos da campanha de Jair Bolsonaro ao Planalto em 2018, as privatizações têm cumprido um papel relevante para a arrecadação federal e já passam de R$ 300 bilhões desde que a atual gestão assumiu o poder. A informação consta em um levantamento divulgado neste domingo (17) pelo site Poder 360.
Segundo o veículo, a maior parte do montante foi levantada ainda em 2019, ano inicial do governo, quando foram obtidos R$ 110,1 bilhões em privatizações. Em 2020, com o início da pandemia de Covid-19, a quantia caiu para R$ 59,7 bilhões. Em 2021, o valor foi de R$ 57,8 bilhões. Já em 2022, as privatizações somam R$ 76,6 bilhões.
Os R$ 304,2 bilhões conquistados com privatizações e desinvestimentos de estatais durante o atual governo foram impulsionados pela outorga recente de R$ 67 bilhões da Eletrobras. Além da quantia obtida com a estatal do setor elétrico, negociações relacionadas a ações detidas pelo governo também impactaram nas arrecadações.
Entre os principais papeis negociados pelo governo ao longo dos últimos três anos e meio apareceram ações do Banco do Brasil, BNDESPar e CaixaPar. A venda de subsidiárias como a Transportadora Associada de Gás (TAG), ligada à Petrobras, que representou um ganho de R$ 33,5 bilhões ao governo, também fizeram a diferença.
O recurso arrecadado com essas privatizações tem sido utilizado para reduzir a dívida pública, atualmente em R$ 5,7 trilhões. A exceção é a Eletrobras, da qual parte do dinheiro (R$ 26,6 bilhões) será usado para o reforço do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600), do Auxílio Gás e para criação de um voucher para caminhoneiros e taxistas.
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