No entanto, cargo é provisório
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quer indicar o general Eduardo Pazuello para assumir temporariamente como número 2 do Ministério da Saúde e montar uma equipe-tampão na pasta durante a pandemia do novo coronavírus, enquanto o ministro Nelson Teich seleciona seu time definitivo.
Pazuello, escolhido para ser o secretário-executivo da pasta no lugar de João Gabbardo, está escolhendo nomes militares e civis. Toda essa equipe deverá ser nomeada em conjunto na próxima semana. Bolsonaro e Pazuello se reuniram por cerca de uma hora e meia no fim da manhã desta terça-feira (21) no Hotel de Trânsito de Oficiais, no Setor Militar Urbano de Brasília.
De acordo com pessoas envolvidas nas conversas, a permanência do general no ministério é temporária e, terminada a missão, como os militares se referem ao caso, Pazuello volta a comandar a 12ª Região Militar.
A ideia de Bolsonaro ao fazer o convite ao general é dar tempo para Teich escolher com calma sua equipe. Enquanto isso, o general monta e ajuda a coordenar uma equipe de prontidão, que poderá ou não ficar no ministério, à escolha do chefe da pasta, substituto de Luiz Henrique Mandetta.
Teich tomou posse na semana passada, logo após a demissão de Mandetta.
Após a reunião com Bolsonaro para discutir a estratégia de atuação das pessoas que Pazuello está selecionando, o general foi ao Ministério da Saúde para conversar com Teich.
O nome do general é bem aceito pelos ministros palacianos, que ressaltam sua experiência em logística em ações de emergência, comprovada, segundo eles, em papéis que desempenhou nas Forças Armadas, como na Operação Acolhida –administrada pelo Exército para a recepção de imigrantes venezuelanos–, que comandou entre março de 2018 e janeiro deste ano.
Em 2016, ele foi coordenador logístico das tropas do Exército que atuaram nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro.
A habilidade na área é apontada como essencial neste momento de pandemia em que é preciso habilidade na logística de distribuição de equipamentos e construção de hospitais de campanha, por exemplo.
A indicação de Pazuello foi feita por ministros militares do governo, entre eles o general Augusto Heleno, chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Com isso, o Palácio do Planalto espera que a gestão da crise seja compartilhada entre a Saúde e outras pastas, com nomes de confiança de Bolsonaro.
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