Levantamento foi feito com 323 crianças da comunidade de Manguinhos, no Rio de Janeiro
Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com pesquisadores da Universidade da Califórnia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, aponta qie crianças têm maior probabilidade de serem infectadas pelo Coronavírus por adultos do que de transmitirem a doença para eles.
O levantamento foi publicado na importante revista médica Pediatric, sob o título “A dinâmica da infecção de Sars-CoV-2 em crianças e contatos domiciliares numa comunidade pobre do Rio de Janeiro”. Foram analisados dados de 323 crianças – de zero a 13 anos –, 54 adolescentes – de 14 a 19 anos – e 290 adultos. Ao todo, 45 crianças testaram positivo para a doença, ou seja, 13,9% do grupo. Os voluntários foram analisados de maio a setembro de 2020.
Os pesquisadores visitaram as casas das crianças com resultado positivo e testaram os demais moradores. Todas elas tiveram contato com adultos ou adolescentes com sintomas da doença. Os cientistas verificaram que, na maioria dos casos, os adultos desenvolveram anticorpos contra a Covid-19 antes das crianças, comprovando que a transmissão partia deles.
– As crianças foram infectadas após ou concomitantemente às pessoas que moram no domicílio, principalmente seus pais. Nesta medida, nossos resultados preliminares sugerem que as crianças não parecem ser a fonte de infecção e mais frequentemente adquirem Sars-CoV-2 de adultos, ao invés do que transmiti-lo a eles – diz trecho do estudo.
O ensaio sugere que a reabertura de escolas e creches é segura, a partir da imunização dos profissionais da saúde e de medidas de prevenção para a transmissão do vírus.
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