Novas estimativas consideram revisão dos números do PIB e pagamentos feitos ao Tesouro Nacional pelo BNDES
O Ministério da Economia reduziu as projeções para a dívida pública do país. As novas estimativas consideram, entre outros fatores, uma revisão dos números do PIB (Produto Interno Bruto) e pagamentos feitos ao Tesouro Nacional pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Em outubro, o governo havia estimado que a dívida bruta, que não leva em conta o que a União tem a receber, encerraria 2019 em 80,8% do PIB. Agora, a projeção aponta para um patamar de 77,3% do PIB.
O governo pondera que, em caso de melhora no resultado fiscal deste ano, o percentual pode ser ainda mais baixo.
Em relação à dívida líquida, que desconta o valor dos ativos do país do total do endividamento, a estimativa para o fim deste ano foi reduzida de 57,6% do PIB para 55,7%.
De acordo com o Tesouro Nacional, um dos motivos para a melhora foi a revisão dos dados do PIB pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na última semana. Foram alterados os resultados do PIB de 2017 e 2018, o que impactou diretamente o cálculo do endividamento do país.
Além disso, o Tesouro espera receber neste mês um pagamento de R$ 30 bilhões do BNDES referente a empréstimos concedidos ao banco pela União.
Outro fator relevante, segundo o governo, é o resultado das vendas de moeda estrangeira pelo Banco Central, que reduziram a dívida bruta do governo em R$ 95 bilhões até novembro.
Em relação ao desempenho fiscal, a equipe econômica estimou três cenários. A relação em que a dívida bruta fica em 77,3% do PIB considera que o resultado primário em 2019 será de déficit de R$ 139 bilhões, conforme estabelecido na meta.
O ministro Paulo Guedes (Economia), porém, já estimou que o rombo deve ser reduzido para menos de R$ 80 bilhões.
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