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Juíza vira alvo de corregedoria por questionar fé cega da Justiça

Em 2020, Ludmila Lins Grilo questionou prisões por crimes como estupro e lesão corporal feitas apenas com a palavra das vítimas

A juíza Ludmila Lins Grilo compartilhou em suas redes sociais, na última quinta-feira (2), que está sendo alvo de um processo disciplinar na corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em razão de um tuíte feito por ela em 2020. Na época, a magistrada questionou prisões por crimes como estupro e lesão corporal feitas apenas com a palavra das vítimas.

– Mandar prender um sujeito por estupro/lesão corporal/qualquer crime na forma da lei Maria da Penha com base apenas na palavra da vítima é uma das coisas mais irresponsáveis que um juiz pode fazer no exercício de suas atribuições – disse ela, em fevereiro de 2020.

Ludmila, que é juíza titular da Vara Criminal e da Infância e da Juventude da Comarca de Unaí (MG), disse na última quinta que o processo disciplinar pelo qual responde “demonstra o atual estado de coisas dentro do sistema de Justiça no Brasil”.

– Sim, um processo disciplinar foi instaurado por isto. Sei que parece, mas não é meme, nem piada. A gravidade disso demonstra o atual estado de coisas dentro do sistema de justiça no Brasil e, claro, extrapola o meu campo particular de interesse. Acho que o público deveria saber – escreveu.

A magistrada disse ainda que a alegação pela qual responde seria de que ela teria se manifestado sobre condutas de outros magistrados. Ao site Gazeta do Povo, a juíza afirmou, no entanto, que a acusação contra ela não se sustenta pelo fato de seu tuíte ter sido “totalmente abstrato”.

– O juiz é proibido de fazer comentários sobre processos que estão em andamento, processos específicos que estão rolando. Ali eu não estava falando sobre nenhum processo, eu estava dando uma opinião genérica – completou.

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