Bancos públicos foram contra manifesto assinado pela entidade que será publicado na terça-feira
O Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal devem deixar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) por conta de um manifesto que a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) deve publicar na próxima terça-feira (31) com um pedido de harmonia entre os três Poderes. A Febraban é signatária do documento.
O entendimento dos bancos públicos é que a instituição, que representa o setor no país, é privada e está se posicionando de forma política, o que ambos, controlados pelo governo, discordam. A informação sobre o desembarque de BB e Caixa da Febraban foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Os dois bancos teriam encaminhado nota à Febraban, comunicando a saída da entidade caso o manifesto seja publicado. Segundo relatos colhidos pela reportagem, ambos se posicionaram contra a adesão à iniciativa, que foi votada na instituição e teve concordância da maioria. O assunto tem sido discutido há uma semana.
O manifesto não cita o presidente Jair Bolsonaro, mas traz críticas implícitas à gestão de Paulo Guedes e foi encarado pelos bancos públicos como uma claro ataque à política econômica. Isso porque, no texto, as entidades que o assinam pedem “medidas urgentes e necessárias” para o Brasil superar a pandemia.
Procurada, a Febraban afirmou que não faz comentários a respeito de posições atribuídas a seus associados. Sobre o manifesto da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, disse que o documento foi “dirigido a várias entidades e que o assunto foi submetido à governança da Febraban, como é usual”.
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