Vice-presidente rebateu críticas ao meio ambiente brasileiro
O vice-presidente e chefe do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, repetiu nesta segunda-feira (5) que o país tem sofrido ataques internacionais por causa de “uma questão ideológica” contrária ao presidente Jair Bolsonaro, a despeito do que “está acontecendo efetivamente”. Mourão e o governo têm sido pressionados por diversos setores, entre eles o agronegócio, fundos internacionais, organizações não-governamentais, e órgãos legislativos, para conter os incêndios florestais históricos que acometem a região da Amazônia e o Pantanal.
Em entrevista à rádio Eldorado, Mourão afirmou que, segundo dados dos IBGE, entre 2000 e 2018, da floresta amazônica 269,8 mil quilômetros quadrados foram desmatados, ou seja uma média de 15 mil quilômetros quadrados por ano.
– E todo mundo ficou em silêncio. Não tinha ninguém reclamando nesse período – afirmou Mourão.
Entre as propostas para custear obras de infraestrutura e as ações direcionadas ao desenvolvimento sustentável, o governo analisa usar recursos de doações privadas.
– Não adianta jogar R$ 1 bilhão dentro do nosso orçamento federal advindo de doações porque ele impacta o teto de gastos. Eu tenho que tirar para o outro lado esse mesmo R$ 1 bilhão que entrou. Na minha visão o financiamento ele é muito mais do setor privado direto em projetos que sejam exequíveis na área do desenvolvimento – afirmou Mourão.
De acordo com o vice-presidente, o país não quer trazer nenhum grupo estrangeiro específico para explorar a Amazônia.
Mourão também defendeu o uso das terras indígenas para a exploração de recursos minerais, por meio de regulamentação do Congresso Nacional e afirmou que a concessão de lavra a empresas geraria impostos e royalties para a população indígena.
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