Ministro apresentou pedido para que a medida seja julgada no plenário físico, o que só deve acontecer em 2022
O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu nesta quinta-feira (16) o julgamento que vinha sendo travado no plenário virtual sobre a exigência do passaporte de vacinação contra a Covid-19 para passageiros internacionais entrarem no Brasil.
Ele apresentou um pedido de destaque para levar a análise ao plenário presencial – o que só deve ocorrer no próximo ano, já que esta é a última semana de trabalhos antes do recesso do Judiciário. Para a nova votação, o tribunal estará com a composição completa, pois o novo ministro André Mendonça, segundo indicado do presidente Jair Bolsonaro, foi empossado na tarde de quinta.
Os ministros já tinham formado maioria para exigir o comprovante de imunização dos viajantes, mas, com o pedido de destaque, o julgamento precisa ser retomado do início, na sessão presencial. Com isso, fica valendo a liminar do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo, que tornou obrigatório o passaporte da vacina.
Na decisão individual, Barroso defendeu que as medidas para enfrentamento da pandemia devem se pautar no “princípio de precaução” e que o governo não teria como fiscalizar o cumprimento da proposta alternativa, de quarentena obrigatória para os viajantes não imunizados.
O controle sanitário nas fronteiras está sendo debatido em uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade, que acusa o governo de “omissão” por não revisar as restrições para desembarques internacionais.
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