Maranhão registrou os seis primeiros casos da nova cepa
O governo do Maranhão confirmou nesta quinta-feira (20) os primeiros casos de Covid-19 provocado pela variante do coronavírus B.1617, originada na Índia. Considerada uma “preocupação global” pela Organização Mundial da Saúde, a nova cepa já demonstrou maior poder de transmissão e vem ameaçando a retomada das atividades em diversos países.
Nesta última semana, o governo Jair Bolsonaro decidiu proibir voos internacionais com origem ou passagem pela Índia, país que enfrenta uma crise decorrente de uma alta recorde de casos e mortes por covid-19. A proibição se soma a restrições da mesma natureza relativa a voos do Reino Unido e África do Sul.
A variante indiana é a quarta classificada como preocupante pela OMS. As outras são a B.1.351, descoberta em maio de 2020 na África do Sul; a B.1.1.7, inicialmente identificada em setembro no Reino Unido, e a e P.1. encontrada em novembro no Brasil.
Em um de seus relatórios epidemiológicos semanais, a OMS explica que a última variante a se juntar ao grupo dos que mais preocupam a agência contém três linhagens.
Os cientistas observaram que estas linhagens parecem ter uma taxa de transmissão mais elevada, o que corresponderia com sua rápida prevalência em vários países.
A OMS afirma ainda no seu relatório que existem provas preliminares que sugerem que esta variante pode reduzir a eficácia do tratamento com anticorpos monoclonais e “reduzir ligeiramente a suscetibilidade à neutralização de anticorpos”, que são gerados através da vacinação.
Alguns especialistas suspeitam que o forte e rápido aumento de casos na Índia poderia se dever à circulação desta variante, mas uma recente avaliação da situação pela OMS indica que existem múltiplas causas.
Uma delas poderia ser o aumento de casos variantes, o que pode potencialmente aumentar a transmissão do vírus, mas os eventos religiosos e políticos de massa e o aumento do contato social em geral também desempenharam um papel importante.
*Com informações do Estadão e da agência EFE
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